sexta-feira, 30 de abril de 2010

Projeto "A palavra é sua!"

Carolina e Isabella
Durante as aulas de produção de texto dos alunos do 8° ano, ficou combinado a divulgação periódica, no blog, dos melhores textos, dentre os variados tipos trabalhados, com o objetivo de valorizar o talento e o empenho dos estudantes. Eis os primeiros resultados: (texto de opinião sobre a greve dos professores)

A necessária greve

Três anos se passaram e os professores da Rede Municipal de Belo Horizonte continuavam sem receber o reajuste salarial. Então, eles partiram para a luta. Sem ter mais opções, recorreram à greve.


Dezessete dias letivos foram necessários para conseguir menos de 1/4 do valor reivindicado. Os professores retomaram as atividades tristes com a situação, com o descaso dos governantes.


Durante o movimento foram feitas passeatas, houve tentativas de negociação, tudo parou. Mas mesmo assim, o reajuste não foi maior que 4,11%.

Agora eu pergunto: O prefeito está realmente preocupado com a educação? Se estivesse, os professores não precisariam fazer greve, pois haveria negociação. A greve foi necessária e os professores conseguiram um pequeno reajuste. Mas até quando o governo vai ignorar os direitos dos cidadãos trabalhadores?

Autora: Carolina P. Prado (turma 811/profª Denise Cruz)


Benefícios e prejuízos da greve

As greves na capital mineira veem acontecendo muito frequentemente, principalmente nas áreas da saúde e educação, pois o governo não está nem aí para os professores e os médicos. Para eles, o que importa é o próprio salário. Se o prefeito e os demais políticos sentissem na pele o que é ser trabalhador de verdade, eles valorizariam muito mais os salários dos funcionários públicos.
Mas não!!! Eles são os todos "poderosos". Estão lá na câmara e na assembléia ganhando o ótimo salário deles, viajando por esse mundo a fora, nem ligando para os trabalhadores que suam a camisa o dia todo para ter o pão de cada dia na mesa.

O benefício da greve é que os professores estão lutando pelos seus direitos. Eles não estão errados, pois se o prefeito está devendo algo a eles, é mais do que sua obrigação pagar.

Já os prejuízos são que nós, alunos, ficamos prejudicados em relação aos estudos e atrasados nas matérias.

Bem, para finalizar, eu vou focar nas propagandas enganosas dos políticos. Eles falam que vão melhorar a educação, a saúde.... Estão cumprindo? Não! Tudo está ficando cada vez pior. Então, nós temos que prestar muita atenção na hora de votar: saber o passado do candidato e depois cobrar o que foi prometido, como fazem os professores.

Autora: Isabella de Oliveira Pereira (turma 811/profª Denise Cruz)


terça-feira, 20 de abril de 2010

Projeto de Xadrez do Madureira







TORNEIO DE XADREZ ESCOLAR PROMOVIDO PELA FEDERAÇÃO MINEIRA DE XADREZ

LOCAL: MINEIRINHO

DATA: 17/04/10

ALUNOS COM MELHORES RESULTADOS, EM DIFERENTES CATEGORIAS, NUM TOTAL DE 5 PARTIDAS:

KARINE MONTEIRO – 810 – 3 VITÓRIAS E UM EMPATE – CONQUISTOU A MEDALHA DE 5º LUGAR NA SUA CATEGORIA

FÁBIO HENRIQUE – 903 – 3 VITÓRIAS

LUCAS SOARES BARBOSA – 811 – 3 VITÓRIAS

MIKE WILLIAN – 813 – 3 VITÓRIAS

WALLISSON LUIZ – 810 – 3 VITÓRIAS

WELLINGTON RICARDO – 909 – 3 VITÓRIAS



RANKING DOS ENXADRISTAS

DO MADUREIRA HORTA A PARTIR DE

17 DE ABRIL 2010

NOME

PONTOS

  1. HILGNER TADEU - EM

2820

2. WELLINGTON RICARDO 909

2515

  1. GUSTAVO FREIRE – EM

2350

  1. FABIO HENRIQUE 903

2245

  1. LUCAS LOURENÇO – EM

2130

  1. JOÃO RAPHAEL EX-ALUNO

2115

  1. ALISSON HENRIQUE – EM

1855

  1. JOÃO PAULO DE OLIVEIRA 902

1580

  1. GUILHERME ARAÚJO 812

1370

  1. OTÁVIO AUGUSTO - CONVIDADO

1360

  1. DOUGLAS DE SOUZA 901

1330

  1. HYGOR AUGUSTO – EM

1275

  1. KARINE MONTEIRO 810

1160

  1. LUCAS SOARES 811

1135

15. MIKE WILLIAN 813

WALISSON LUIZ 810

1105

  1. ARTHUR DIORLANDO – EX-ALUNO

1085

  1. ENIO ALBERI 901

1041

  1. GUILHERME MONTEIRO - ANEXO

1030

19. VINÍCIUS GONÇALVES 812

1025

20. WESLEY CRISTIAN 903

1020

21. IGOR AUGUSTO 901

1010

  1. JULIA CELANI 905

990

  1. PEDRO SILVA 811

980

  1. AUGUSTO JOSÉ

975

  1. BEATRIZ ALVES 810

960

  1. FERNANDO HENRIQUE 812

955

  1. LUIZ FELIPE 811

950

28. JEFERSON SANTANA 810

945

  1. PEDRO HENRIQUE 9º ANO

MESSIAS JOSÉ 7º ANO

940

  1. JHONATAN FELIX 813

935

  1. VINÍCIUS SILVA 811

930

  1. AMANDA ALVES 813

BRENO RAFAEL 810

GISELE MAROTA 903

ROBSON BARBOSA

920

  1. LUCIANA BISPO 811

900

  1. LEON AUGUSTO – EM

895

  1. PAULO EGÍDIO

880

  1. SABRINA RODRIGUES 813

870

  1. CARLOS DANIEL

755

  1. BRENDA ANGELI 9º ANO

LIDERRY QUINTÃO 812

718


PARABÉNS A TODOS QUE PARTICIPARAM!

VAMOS PROGREDIR CADA VEZ MAIS!!!

Sílvio (professor)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Termina a greve dos professores da PBH

Após 27 dias de greve, os professores em assembléia, dia 13/04, decidem pelo fim do movimento após negociação com a prefeitura e a conquista de um reajuste salarial de 4,11%, entre outras questões pedagógicas. As aulas recomeçaram ontem, dia 14/04.
Segue abaixo um texto escrito pela Yara Lourenço, professora do Madureira Horta, que faz uma reflexão muito interessante sobre este nosso momento político:

Aos colegas GREVISTAS e NÃO-GREVISTAS DA E.M. J.M.H

A Greve e a retomada da Dignidade

Para começar, este texto não busca o convencimento de ninguém, mas como diz o velho provérbio árabe, “há duas coisas que depois de lançadas não retornam mais para o lugar de onde saíram: a flecha lançada e a palavra proferida”. As palavras têm um poder enorme e por isso disponho delas nos momentos importantes de minha vida, seja de forma prosaica ou poética.

Bem, ao terminarmos uma Greve, que a princípio eu nem havia participado da Assembléia que a deflagrou, ficam alguns pontos, um saldo de reflexões e que bom se pudéssemos hoje “fechar para balanço” e podermos fazer, entre nós, grevistas e não-grevistas, uma avaliação desse movimento.

Como eu saio dessa GREVE? Saio de alma lavada, de cabeça erguida, sentindo que a nossa dignidade enquanto CATEGORIA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ainda existe e resiste... Que bom rever aquela quadra do Marconi lotada a cada assembleia, como nos tempos em que a conjuntura era bem outra, mas não nos calávamos diante das agruras que vivíamos...

Saio da GREVE com aquela gostosa sensação de PERTENCIMENTO, de ser uma pessoa única e ter minha individualidade, mas de me sentir parte quando o traço que nos une é o de sermos todos da mesma CLASSE TRABALHADORA. É gente, nós somos TRABALHADORES(AS)! Nós trabalhamos, vendemos nossa força de trabalho por um salário, que precisamos (todos nós) dele para sobreviver. Não somos sacerdotes ou sacerdotisas, a realizar uma missão na Terra e quem sabe, alcancemos, um dia, o céu... Deixemos essa visão para nossas práticas e crenças religiosas e espirituais... No campo das classes, porque ainda não existe outra organização (me desculpem os que não gostam de Marx) da sociedade capitalista e neo-liberal que não seja essa, não há sacerdócio no magistério: há profissionais, professores(as), trabalhadores(as) de um lado e um patrão público ou privado, de outro. Não nos iludamos...

Saio da GREVE, repito, com a minha dignidade enquanto categoria dessa Rede que ajudei a construir (afinal, 22 anos não são 22 dias...) com essa coletiva sensação de PERTENCIMENTO. Numa sociedade tão individualista, eu FAÇO PARTE DE UM GRUPO, EU ME IDENTIFICO COM ESSE GRUPO, PARTICIPO DAS DECISÕES DESSE GRUPO, ME COMPROMETO COM ELE... Aí está a diferença, ou melhor, o salto entre a INDIVIDUALIDADE e a COLETIVIDADE... Não nos iludamos: nesse campo não há conquistas sem lutas, não há força sem união, não há alegria sem dor, não há bonança sem tempestade... Afinal, é depois de uma noite escura que o Sol presenteia a todos com o seu brilho esfuziante ao amanhecer...

Saio da GREVE, com 4, 11% de reajuste (quando o que existia antes era 0%) e algumas outras providências a serem retomadas no campo pedagógico, com alguns comprometimentos da SMED (digo, Macaé e seus “assessores”) com relação a nosso dia-a-dia escolar. Mas principalmente saio da GREVE com a alegria de ter mais uma vez buscado forças para caminhar junto a esse categoria de professores(as) fenomenais que SÃO OS PROFESSORES(AS) DA REDE MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE... Saio com a alegria de sentir que a NOSSA DIGNIDADE PROFISSIONAL não está perdida... E se isso não está perdido, eu ainda posso crer ( e lutar) por mudanças...

“Quem sonhou só vale se já sonhou demais

Vertente de muitas gerações, cravado em nossos corações

Um nome se escreve fundo

As canções em nossa memória vão ficar

Profundas raízes vão crescer

A luz das pessoas me faz crer

Eu sinto que vamos juntos

Ó, nem o tempo, amigo, nem a força bruta pode um sonho apagar”

Beto Guedes/Ronaldo Bastos

Yara Lourenço, 13 de abril de 2010.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Informes sobre a greve (desculpem o atraso, pois o blog também aderiu ao movimento):





MARÇO/2010

Sindicato dos Trabalhadores em Educação da

Rede Pública Municipal de BH
www.redebh.com.br

O prefeito Márcio Lacerda e a secretária de educação Macaé Evaristo não deixaram outra opção para os trabalhadores em educação: ESTAMOS EM GREVE.
Lutamos pela recomposição salarial e melhoria das nossas condições de trabalho. Nossa intenção é que a greve termine o mais rápido possível, no entanto, isto depende da vontade do prefeito em priorizar a educação como prometeu na campanha eleitoral e não cumpriu.
Defendemos uma escola de qualidade para as crianças, jovens e adultos, independente de classe social, cor ou religião.
Como a atual política da prefeitura não valoriza os trabalhadores e aumenta a nossa carga de trabalho, a taxa de adoecimento vem crescendo o que dificulta o cumprimento das inúmeras funções atribuídas ao nosso cargo. Além disto, estamos desde 2007 sem recomposição salarial, sendo que a última foi dividida em 4 parcelas. Nas poucas vezes em que a prefeitura sentou para negociar, não ofereceu nenhuma proposta concreta que melhorasse as condições de trabalho.
Por todos estes motivos, fomos forçados à greve pelo prefeito Márcio Lacerda e pela secretária Macaé.

Contamos com o apoio da comunidade escolar, visto que a nossa greve é por uma escola pública de qualidade para todos.