Ofensas racistas em estádios de futebol, como as sofridas pelo goleiro do Santos, Aranha (foto acima), na última quinta-feira (28/08/14), em Porto Alegre (RS), ou casos como o do homem negro que decidiu tirar a calça dentro do Salvador Shopping,
na capital baiana, para provar que não tinha roubado uma das lojas,
deixam os brasileiros perplexos, mas também fazem lembrar que o crime de
racismo ainda é presente na sociedade brasileira.
E essas ofensas são bastante comuns também nas redes sociais: nesta mesma semana, na cidade mineira de
Muriaé, um jovem casal foi hostilizado após publicar uma foto (acima). Nela, um adolescente branco abraça a namorada
negra. A imagem gerou uma enxurrada de comentários racistas.
Cada vez mais, aos olhos da maioria das pessoas, o racismo aparece
como algo absolutamente inaceitável, principalmente em uma sociedade como a nossa, que é de maioria negra. E a frase abaixo deve ser o lema de uma sociedade mais justa:
Racismo não é brincadeira, é um crime. Está previsto em lei e deve
ser punido.
E as denúncias ainda são a melhor forma de
combater essas ações discriminatórias.
De acordo com a Seppir (Secretaria de Políticas Públicas de Promoção da
Igualdade Racial), do governo federal com status de
ministério, o número de denúncias de racismo dobrou nos últimos anos:
em 2011, recebeu 219 denúncias; em 2012, esse
número pulou para 413 e, no ano passado, chegou a 425. Neste ano, até julho, foram 125
comunicados. Para a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, as
denúncias de racismo aumentam pela indignação e conscientização da população, que se sente mais encorajada a denunciar.
Recentemente, um caso de racismo terminou em condenação do agressor. O médico psicanalista Heverton Menezes foi condenado a pagar R$ 50 mil por
racismo a uma funcionária de um cinema, após dizer que a vítima deveria
morar na África para cuidar de orangotangos.
Como fazer uma denúncia em casos de racismo
Para registrar denúncia na Secretaria de Políticas Públicas de Promoção
da Igualdade Racial, o denunciante pode ligar para (61) 2025-7004. Ou
pelo email sic@seppir.gov.br. É importante fazer também uma ocorrência policial, de preferência no momento da agressão.
Vamos acabar com essa prática! Denuncie!